Acre está entre os três estados que menos vacinaram crianças contra paralisia infantil


Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou, nesta quinta-feira (8), dados sobre a vacinação de poliomielite, ou paralisia infantil, que apontam a baixa cobertura vacinal das crianças contra a doença.

Segundo os dados, o Acre possui apenas 18,11% das crianças vacinadas contra a poliomielite estando enre os estados que menos vacinaram, icando atrás apenas de Roraima Roraima (12,8%) e o Rio de Janeiro (17,1%).

Dentre esses 18,11%, 2.994 crianças de 1 ano foram vacinadas, 2.666 crianças de 2 anos foram vacinadas, 2.735 de 3 anos receberam a vacina e 3.361 de 4 anos anos estão vacinadas.

Em Rio Branco, capital do Acre, onde a estimativa populacional é de 24.462, apenas 2.087 das crianças foram vacinadas, equivalente a 8,53%

Em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Estado, a estimativa populacional é de 6.935 crianças, mas apenas 252 foram vacinadas, totalizando apenas 3,63% de vacinas aplicadas.

Pela baixa cobertura vacinal, a Sesacre decidiu prorrogar a campanha de vacinação, que terminaria nesta terça-feira (9), até dia 30 de setembro. Os pais ou responsáveis devem levar crianças menores de 5 anos para vacinar contra poliomielite.

Sem vacinação, doença pode voltar  

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

Transmissão:
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

Sintomas:
Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.

Tratamento:
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.

Sequelas: As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são:
– problemas e dores nas articulações;
– pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
– crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
– osteoporose;
– paralisia de uma das pernas;
– paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
– dificuldade de falar;
– atrofia muscular;
– hipersensibilidade ao toque.

As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.

Prevenção:

A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).

Fonte: Ministério da Saúde

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